AS RAÍZES DA LITERATURA PORTUGUESA

O aparecimento da Literatura Portuguesa coincide, a bem dizer, com o aparecimento de Portugal como nação livre. A primeira manifestação literária portuguesa de que se tem notícia, a “Cantiga da Garvaia” ou “Cantiga da Ribeirinha”, de Paio Soares de Taveirós, é de aproximada-mente 1198 (ou 1189), ou seja, cerca de cinquenta anos apenas após o ano de 1143, data em que Portugal conseguiu sua independência da Espanha, ou, mais propriamente, data em que foi reconhecida sua emancipação dos Reinos Católicos (Leão, Castela, Navarra e Aragão). Como a “Cantiga da Garvaia” não é o início da Literatura Portuguesa, mas apenas o documento literário mais antigo que chegou até nós, podemos conjecturar que já se produzia literatura em Portugal desde o começo de sua vida como país independente. eram, muitas vezes, autores de poesia e música. Pode-se mencionar ainda que nesse período, além da produção lírica propriamente, houve também produção literária em prosa, representada pelas novelas de cavalaria, pelos cronicões e livros de linhagem

Tutorial sobre coesão textual - parte 1

Neste artigo, trataremos da coesão textual, assunto de fundamental importância para o entendimento de texto. Serão estudados os marcadores de coesão, elementos que promovem a ligação entre as partes do texto: como diz Leonor Lopes Fávero, em Coesão e coerência textuais, a coesão refere-se "às relações de sentido que se estabelecem entre os enunciados que compõem o texto". A título de exemplo, leia o texto a seguir:

"Atualmente. não há nenhuma prova de que o regime iraquiano esteja implicado nos atentados suicidas*", declarou o vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney.

"Ainda não temos uma impressão digital do Iraque que o implique no caso".

Folha de S.Paulo, 19/set./2001.

No enunciado acima, há três importantes marcadores de coesão: o relativo "que", o qual retoma "impressão digital", o pronome pessoal "o", que recupera "Iraque", e o substantivo "caso", que se liga a "atentados suicidas". O entendimento desses três marcadores de coesão só é possível se estabelecermos uma relação com o que vem antes, isto é, "atentados suicidas", "impressão digital" e "Iraque".

Os marcadores de coesão Coesão por anáfora

Trata-se de pronomes, advérbios, numerais que exercem a função de recuperar um termo (palavra, frase, parágrafo). São chamados anafóricos.

Exemplo 1:

Líder do Nacional afirma temer seu ex-técnico Marco Aurélio, que deve deixar o time de Campinas após o jogo de hoje.
Folha de S.Paulo, 22/set./2001.

O relativo "que" é um anafórico, pois recupera o antecedente "Marco Aurélio".

Exemplo 2:

  Ontem, o secretário do Desenvolvimento e Assistência Social, Nelson Guimarães Proença, esteve na cidade para tentar convencer a comunidade a aceitar a instalação da unidade. Depois disso, a obra deve começar.
Folha de S.Paulo, 22/set./2001.

O anafórico "isso" retoma o período anterior, ou seja, o fato de o secretário tentar convencer a população a aceitar a instalação da unidade.

Os demonstrativos "isso", "esse", "essa" funcionam apenas como anafóricos.

Exemplo 3:

  Estados Unidos t Síria vivem momentos de tensão. Os dois podem entrar em guerra.

O anafórico "dois" recupera Estados Unidos" e "Síria".

Exemplo 4:


No texto anterior, o anafórico "ele" substitui o termo "outro"; já o relativo "que", também anafórico, retoma "celular".

Modelo de redação dissertativa para Enem

Olá pessoal, neste artigo quero compartilhar uma imagem bem legal que uso nas minhas aulas para mostrar aos alunos como é que se faz um texto dissertativo. Visitem meus outros projetos para saber mais sobre redação. Em algum lugar desta página você encontrará o link. Bem, a redação dissertativa é importantíssima no vestibular porque com ela você expõe seu ponto de vista sobre a tese proposta pela banca examinadora.

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Cinco exercícios de interpretação com gabarito

Estes são cinco exercícios de interpretação de texto semelhantes aos usados nos simulados preparatórios para o Enem. Faça-os para se preparar adequadamente para o vestibular. Somente assim, com a prática, é que conseguiremos chegar à excelência na interpretação de textos.


Lista de exercícios de interpretação de textos

Vale recordar que foi nesse século (o XVIII) que apareceram e se generalizaram em certas regiões do Brasil as famosas “tropas de muares” que, daí por diante, até o fim do século XIX e mesmo nos anos transcorridos do séc. XX, dividiram com os carros de bois as tarefas dos transportes por terra no interior do Brasil. Nos caminho s rudimentares que então possuíamos, transformados em lamaçais na estação das chuvas e no verão reduzidos a ásperas trilhas, quase intransitáveis, foram os carros de bois e as tropas os únicos meios e ligação dos núcleos de povoamento entre si e entre eles e as roças e lavouras. De outra forma não se venceriam os obstáculos naturais.
(B. J. de Souza, in Ciclo)
1) Segundo o texto, os carros de bois:
a) transportavam sozinhos pessoas e mercadorias no interior do Brasil.
b) surgiram no século XVIII, juntamente com as tropas de muares.
c) sucederam as tropas de muares no transporte de pessoas e mercadorias.
d) só transportavam mercadorias.
e) eram úteis, como as tropas de muares, por causa do estado ruim dos terrenos.



2) A estação das chuvas e o verão:
a) contribuíram para o desaparecimento dos carros de bois a partir do século XX.
b) não tiveram influência no uso das tropas de muares, pois os caminhos eram rudimentares.
c) foram fator determinante para o progresso do interior do Brasil.
d) contribuíram para a necessidade do uso de tropas de muares e de carros de bois.
e) impediam a comunicação dos núcleos de povoamento entre si.

3) Os obstáculos naturais só foram vencidos:
a) por causa do clima
b) por causa da força do povo
c) porque nem sempre os caminhos se tornavam lamaçais
d) porque os núcleos de povoamento continuavam ligados às roças e às lavouras
e) por causa da utilização das tropas de muares e dos carros de bois

4) As tropas de muares só não podem ser entendidas como tropas:
a) de cavalos
b) de mulos
c) de burros
d) de mus
e) de bestas

5) O transporte de que fala o texto só não deve ter sido, na época:
a) lento e penoso
b) difícil, mas necessário
c) duro e nostálgico
d) vagaroso e paciente
e) pachorrento, mas útil

Gabarito dos exercícios de interpretação

1) Letra e
A resposta não pode ser a letra a porque os carros de bois dividiam a tarefa do transporte com as tropas de muares, como se pode constatar. A letra b contém erro pois as tropas de muares é que surgiram no século XVIII, não havendo citação da época do aparecimento dos carros de bois. A letra c está errada porque os carros de bois foram usados juntamente com as tropas, e não após elas. A letra d também não está correta porque o texto não afirma tal coisa, diz apenas que eles ligavam os núcleos de povoamento entre si e com as roças e lavouras. O gabarito é a letra e pois o texto fala de lamaçais e trilhas quase intransitáveis, que só as tropas e os carros de bois poderiam vencer.

2) Letra d
Como vimos nos comentários da resposta anterior, o estado ruim dos caminhos, por causa das chuvas (lamaçais) e do verão (ásperas trilhas), favoreceu o uso das tropas e dos carros de bois.

3) Letra e
Os comentários das duas últimas questões se aplicam a esta. Vale destacar, aqui, dois trechos do texto: “...foram os carros de bois e as tropas os únicos meios de ligação...” e “De outra forma não se venceriam os obstáculos naturais.”

4) Letra a
Questão de vocabulário. Muares, com possíveis variações de sentido, mulos, burros, mus e bestas. Os cavalos não têm relação com os muares.

5) Letra c
O único adjetivo que não se aplica àquele tipo de transporte é nostálgico. Nostalgia é a melancolia causada pela saudade da pátria, segundo os dicionários. Por extensão, melancolia causada por qualquer tipo de saudade. Nada no texto sugere um transporte nostálgico.








































Como montar um plano de texto no vestibular

Um dos principais problemas enfrentados pelos candidatos na prova de redação é a falta de organização e de planejamento. Tenho lido muito sobre este tema porque a redação vem mudando ao longo dos últimos anos e é necessário estudar isso assim como se faz listas de exercícios de matérias como Biologia, Física e outras. Um dos sites que uso para ler bastante sobre redação é o Quero Passar. Se você quer aprender a fazer uma redação do começo ao fim, visite-o.
Bem, vamos ao nosso assunto então.

Aprenda a fazer uma redação dissertativa

Antes de colocar sua opinião no papel, leia a questão atentamente, entenda qual é o tema tratado, organize as várias ideias e faça um questionamento do assunto. Veja as etapas para preparar uma boa dissertação:

LEIA COM ATENÇÃO

Na prova de redação, você vai deparar com a exposição de uma coletânea que pode incluir textos verbais e textos não verbais (ilustrações, fotos e gráficos). Tal coletânea se estabelece em torno do tema e muitas vezes conduz, entre seus textos, abordagens divergentes e até mesmo contraditórias. O primeiro desafio é fazer uma leitura cuidadosa e dar atenção a todas as informações antes de tomar qualquer decisão sobre sua redação.

ANALISE

Determine quais são os principais elementos, ou subdivisões, que compõem o tema apresentado. Para não se perder nas ideias, você pode sublinhar trechos ou anotar no rascunho. Por exemplo, se a proposta tratar da relação dos adolescentes com as drogas, anote em poucas palavras os pontos principais expostos, que podem ser: o crescimento do consumo de drogas nas escolas; as campanhas de conscientização; o papel dos pais etc. Esse material o ajudará a sustentar sua opinião mais tarde.

QUESTIONE

O Antes de procurar respostas, é preciso fazer perguntas. Indagar é a melhor maneira de começara abordar um assunto, pois isso vai expor com clareza os problemas que estão ligados a ele. Afinal, sua dissertação precisará propor questões para depois poder apresentar respostas. Assim, elabore um breve questionamento com base nos próprios dados apresentados na prova. Isso vai ajudá-lo, depois, a apresentar seus argumentos de forma ordenada.

USE SEU CONHECIMENTO

Anote as ideias que lhe vêm à cabeça sobre o tema. Filmes que você viu, livros, conceitos, fatos que aprendeu em aulas de geografia, história, filosofia. Relacione pensamentos, autores e obras artísticas reconhecidas. Deixar esse repertório pronto será útil quando você precisar de exemplos para ilustrar a opinião que defenderá na redação. Para uma preparação ainda melhor, organize essas ideias de modo progressivo, ou seja, dos argumentos mais simples para os mais complexos.

ESCOLHA SEU CAMINHO

O Decida qual ponto de vista você pretende defender. Será uma possível solução para o problema apresentado? Ou uma crítica ao modo como as pessoas encaram a situação descrita? Identifique nos textos da coletânea e em seu repertório os argumentos favoráveis e contrários. Então faça um esquema do caminho analítico que planeja percorrer:

- Como introduzir a questão?
- Quais aspectos abordar para tornar a questão bem clara para o leitor? Em que ordem?
-  Quais argumentos serão necessários para conduzir o leitor até a conclusão pretendida?
-  Procure criar um título claro, abordando o tema e seu ponto de vista sobre ele.

FICAR ANTENADO E FUNDAMENTAL

A prova do Enem vem confirmando a preferência por temas atuais que têm destaque na mídia. Portanto, é essencial acompanhar jornais, noticiários da TV, revistas e portais de informação na internet. Os temas dos anos anteriores estavam nas manchetes. Aconteceu isso antes do Enem de 2011, por exemplo:

2008 - A preservação da floresta Amazônica
2009 - O indivíduo diante da ética nacional
2010 - O trabalho na construção da dignidade humana